¿Shall we kill again? Violência e intimidade entre os “novos líderes” Awajún da fronteira nordeste do Peru

In societies living at the margins of the State, interpersonal relationships and the use of power, as well as competition dynamics, are often similar among different groups in spite of preexisting differences in access to economic resources, moral authority and personal prestige. From this point of departure the present article undertakes an ethno historic analysis which attempts to illuminate changes affecting the Alto Marañon (Peru) Awajun people, between the years 1950 and 1970. The socio-cultural transformation this indigenous group was forced to undergo in order to attain membership in the wider national society, is described. Using the tools which ethno history and the anthropology of affectivity provide, and paying particular attention to the topic of the building of the “heroic body”, the present text focuses on how Awajun society suffered significant changes regarding the of the use of force and of the symbolic management of violence, leading to the assimilation of new styles of indigenous leadership. All this occurs as a result of experiences resulting from close contact with the earliest agents of government authority to show up in their native homelands: evangelical missionaries and the army. This process led the Awajun to the development of unprecedented forms of “indigenous leadership”, resulting from the assimilation, convergence and reworking of cultural material incorporated during their contacts with religious and military personnel.En las sociedades que viven en los márgenes del Estado, las relaciones y el uso del poder, así como las dinámicas de competencia, suelen ser elementos afines entre los grupos desiguales por el poder económico, la autoridad moral y el prestigio personal. A partir de este presupuesto, en este artículo se desarrolla un análisis etnohistórico que arroja luces sobre los procesos de cambio de los awajún del Alto Marañón (Perú), entre los años 1950 y 1970. Se describe la transformación sociocultural que tuvo que experimentar este grupo indígena para devenir en miembro de la sociedad nacional. A través de las herramientas de la etnohistoria y de la antropología de la afectividad, y con una particular atención sobre el tema de la construcción del “cuerpo heroico”, en este texto se enfocan los cambios que ocurrieron dentro de la sociedad awajún en su relación con el uso de la fuerza, el manejo simbólico de la violencia y la incorporación de nuevas expresiones de liderazgo indígena. Todo ello en estrecho contacto con las primeras experiencias de autoridad estatal en la zona: los misioneros evangélicos y el ejército. Este proceso llevó a los awajún a la afirmación de inéditas figuras de “liderazgo indígena”, fruto de la asimilación, confluencia y reelaboración de elementos aprendidos durante el contacto con religiosos y militares.Em sociedades que vivem à margem do Estado, as relações e o uso do poder, assim como a dinâmica da concorrência costumam ser elementos semelhantes entre grupos desiguais por poder econômico, autoridade moral e prestígio pessoal. Partindo desse pressuposto, neste artigo é desenvolvida uma análise etnohistórica que lança luz sobre os processos de mudança dos Awajún do Alto Marañón (Peru), entre os anos 1950 e 1970. Descreve-se a transformação sociocultural que este grupo indígena teve que experimentar para se tornar membro da sociedade nacional. Por meio das ferramentas da etno-história e da antropologia da afetividade, e com particular atenção à questão da construção do "corpo heróico", este texto enfoca as mudanças ocorridas na sociedade Awajún em sua relação com o uso da força, o manejo simbólico da violência e incorporação de novas expressões de lideranças indígenas. Tudo isso em estreito contato com as primeiras experiências de autoridade do Estado na área: os missionários evangélicos e o exército. Esse processo levou os Awajún à afirmação de figuras inéditas de “lideranças indígenas”, fruto da assimilação, confluência e retrabalho de elementos aprendidos durante o contato com religiosos e militares